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Crise de ansiedade. Por que acontece comigo?

  • Foto do escritor: Gilberta Kis
    Gilberta Kis
  • 28 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 4 dias


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Você sabe como é.


Não é só "nervosismo". É um frio na barriga que sobe, um aperto no peito que não larga, o coração acelerado como uma corrida de Fórmula 1 e o pior: não há um motivo claro à vista.


A reunião é daqui a uma semana. A conta vai vencer só no mês que vem. Seus filhos estão bem. Você tem tempo para estudar para prova. Mas o seu corpo não sabe disso. Ele age como se um tigre dentes-de-sabre estivesse te perseguindo no trânsito, no corredor do mercado, na fila do banco e até dentro de casa.


Se você se identificou, respire fundo. Você não é fraco. Você não é "dramático". Você não está sozinho.


Você está tendo uma conversa brutalmente honesta, mas completamente desregulada, com o seu próprio instinto de sobrevivência.


Imagine que a sua mente é o sistema de segurança mais avançado do mundo.


Ele tem sensores de movimento, de calor, de som. A função dele é uma só: te manter vivo. Ele é incrível, um verdadeiro herói silencioso.


Agora, imagine que esse sistema de segurança, por um defeito de fábrica ou por ter passado por muitos sustos reais, começa a disparar o alarme de incêndio... porque você acendeu uma vela.


Ou pior: dispara porque você pensou em acender uma vela.


A sirene berra, jorra água que inunda a sala, os bombeiros são acionados. Caos, pânico, destruição.


Só que não há fogo. Nunca houve.


A ansiedade é isso. É o seu alarme de incêndio interno disparando sem que haja uma ameaça real e iminente.


É um sistema brilhante, tentando te salvar de um perigo que só existe na sua mente.


Entender que a ansiedade é um mau funcionamento do sistema de proteção, e não uma falha de caráter, é o primeiro passo para silenciar a sirene.


Você não vai conseguir arrancar os fios do alarme. Ele é parte de você. Mas você pode aprender a reconhecer o falso alarme: “Não é um infarto. Não é real. É o meu sistema de segurança pirando novamente.”


A terapia te ajuda a se conectar com seu painel de controle. Identificar quais os pensamentos e ideias são a gasolina no falso incêndio. Vamos usar a psicanálise como lanterna para iluminar, investigar por que ele está desfigurado, reprogramar os sensores, calibrar o alarme. E você vai virar o técnico do seu próprio painel de controle.


A ansiedade não é o vilão. Ela é um protetor desorientado, uma guarda-costas que atira primeiro e pergunta depois. Ela acha que está te salvando.


A sua missão deixa de ser lutar contra ela. E sim entender. Aprender a acalmar a seu guarda-costas interna e sussurrar para ela: "Obrigado por tentar me proteger. Mas agora, está tudo bem. Pode guardar a arma. Não há tigres aqui."


Espaço de escuta


Se você sente que as crises de ansiedade estão ficando mais frequentes, já começam a atrapalhar o seu trabalho, seus relacionamentos, sua rotina.

Se os pensamentos acelerados não te deixam dormir, comer em paz ou simplesmente respirar… talvez seja hora de olhar para isso com mais cuidado.


A terapia é esse espaço para reprogramar o seu alarme natural, entender por que ele dispara tanto e aprender a viver sem tantos sustos.

 
 
 

2 comentários


fabriciomedeiros2304
há 5 dias

Abordagem clara e simples, informação muito útil, sem aquelas palavras ou termos complicados

Parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻

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Gilberta Kelly Izidoro de Souza
Gilberta Kelly Izidoro de Souza
há um dia
Respondendo a

Fabrício, muito obrigado pelo retorno! Fico muito feliz em saber que o conteúdo foi útil e claro para você. Essa é exatamente a intenção: tornar a informação acessível sem complicação.


Fico à disposição para qualquer dúvida ou sugestão que você possa ter.

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